Aprendendo




Eu aprendi...Eu aprendi......que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo;

Eu aprendi......que ser gentil é mais importante do que estar certo;

Eu aprendi......que nunca se deve negar um presente a uma criança;

Eu aprendi......que eu sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma;

Eu aprendi......que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto;

Eu aprendi......que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender;

Eu aprendi......que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão nas noites de verão quando eu era criança fizeram maravilhas para mim quando me tornei adulto;

Eu aprendi......que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;

Eu aprendi......que dinheiro não compra "classe";

Eu aprendi......que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;

Eu aprendi......que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa que deseja ser apreciada, compreendida e amada;

Eu aprendi......que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa?

Eu aprendi......que ignorar os fatos não os altera;

Eu aprendi......que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;

Eu aprendi......que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;

Eu aprendi......que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa é me cercar de gente mais inteligente do que eu;

Eu aprendi......que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;

Eu aprendi......que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;

Eu aprendi......que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

Eu aprendi......que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.

Eu aprendi......que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;

Eu aprendi......que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las;

Eu aprendi......que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;

Eu aprendi......que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito; Eu aprendi......que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;

Eu aprendi......que só se deve dar conselho em duas ocasiões: quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte;

Eu aprendi......que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.


(Willian Shakespeare)

Felicidade



O caminho da felicidade começa no amor, passa pelo respeito, pela amizade, pelo limite e termina.....bem acho que não termina nunca, porque o que começa com amor NÃO PODE TER FIM.

GABRIEL CHALITA

Obama, o presidente descamisado



Gostaria de dizer algumas coisas sobre o Obama, porém, acredito não ter o status necessário para tal ...


Deixo este assunto nas melhores mãos para os assuntos de política internacional, Sérgio D´Ávila!



http://sergiodavila.blog.uol.com.br/


Mimo



Os sapatos, de preferência velhos e informes, com irregulares placas de barro ou apenas foscos, são muito mais belos que os sapatos lustradinhos, brilhantes que nem parquês. Qual o esteta que não sabe dessas coisas? Nem há de ser por outro motivo que os escultores jamais passam a ferro as calças das suas estátuas. Aqui em Porto Alegre só conheço uma delas, com caprichosos vincos de bronze - é o que logo se nota, porque não parece natural. Natural é a natureza. E a natureza é hippie. Onde já se vou uma árvore ridiculamente simétrica? E qual foi a Brasília que jamais teve esse incomparável imprevisto "ao Deus dará" de uma Itaoca? Bem, nunca falta um leitor para indagar que moralidade a tirar disso tudo... Nenhuma! Eu estava falando de beleza.

(Mário Quintana)
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E por falar em beleza, olha aqui meu objeto de desejo...
Amor a primeira vista!!!!!
"Melissa Lady Dragon"
Linda de viver como diria minha amiguinha Hebe, ai gracinhaaaaa!!!!
kkkkkkkk

Naziisraelismo





Há algum tempo tento desvencilhar-me do assunto da guerra do Oriente – Médio por motivos óbvios. Quem conhece meu sobrenome já sabe... Saad.
Porém a cada explosão o meu sangue explode, junto com o sangue das milhares de vítimas civis deste conflito imundo.

Talvez um pouco de história ajude a situar os perdidos em meio a tantas explosões.

Segundo as escrituras, a diáspora é conseqüência do mau procedimento do povo de Israel, para o dicionário este verbete significa a dispersão de um povo, emigração ou saída da pátria.

Aconteceram em Israel dois eventos denominados diásporas. A primeira ocorreu durante o governo de Nabucodonossor rei da Babilônia em 586 a.C. Já a segunda aconteceu no ano 70 D.c com a destruição de Jerusalém pelos romanos, fazendo os judeus migrarem para outros territórios como Ásia e Europa.

Baseando-se em tal acontecimento houve a criação do movimento denominado Sionismo (proeminente do Monte Sião) que prega a volta dos judeus à uma pátria comum para dentre tantos motivos diminuir o anti-semitismo. O local escolhido foi a Palestina, pois há mais de 8 séculos antes da criação do movimento havia sido moradia dos judeus não helenizados. O que os adeptos do Sionismo não analisaram era a existência de um outro povo culturalmente e etnicamente enraizada há 400 anos na área Palestina.

Com a desculpa do holocausto, os judeus conseguiram forças para que a causa Sionista fosse aprovada de forma espetaculosa e ligeira. Filmes foram produzidos, novelas, séries de TV, livros e toda a forma de divulgação do drama judaico. Os judeus sofreram xenofobia e deveriam ser ressarcidos pelos atos do animalesco Hitler. Porém não se fala das outras vítimas do extermínio nazista. Como foram indenizados os Testemunhas de Jeová, os homossexuais, os deficientes físicos? Serão eles contemplados atualmente com um território outrora ocupado há 400 anos?

Os meios de comunicação são em sua maioria de proprietários judeus. Assusta-me a cobertura dos jornais e revistas brasileiros à guerra. A revista Veja trás na manchete sobre o assunto desta semana a foto de soldados israelenses chorando a morte de um colega e induzindo o leitor a crer que o óbito daquele rapaz é culpa única dos árabes. Porém estima-se que mais de MIL civis palestinos tenham perdido a vida na guerra desumana de Israel. E estes são dados divulgados na imprensa de proprietários JUDEUS, ou seja, os números são muito superiores.

É um escândalo assistir a destruição de milhares de vidas, do estouro dos vários foguetes que todos os dias destroem as cidades e os anos de esforços populacionais. É inadmissível observar Israel bombardear o prédio da ONU e usar de bombas químicas contra a população. É simplesmente revoltante ligar a TV e ouvir o apresentador do Jornal Nacional anunciar que os partidos palestinos haviam sido banidos da legalidade e ao final bradar “vale lembrar que são apenas sete partidos, não fará muita diferença à democracia”.

É constrangedor para os sentidos humanos assistir tais fatos em plena consciência. Pode parecer que sou uma anti-semita, ou xenófoba, mas, não sou. Apenas acredito que Israel é um Estado tão cruel quanto o Estado Alemão no período nazista, porém, como os árabes detém pouco poder midiático, a versão histórica será apenas mais uma, tal como dos Testemunhas de Jeová, homossexuais e portadores de necessidades especiais, uma ossada em um campo de concentração, ou em uma explosão qualquer.

Que venha o novo filme de Spielberg.



A enfadonha normalidade




Dias normais acontecem com a normalidade do próprio termo.
A essência se perde junto à rotina, a inspiração se esquiva e vai brincar em algum lugar bem distante das minhas próprias mãos.
Existem dias que a própria dor de ser o que se é faz os olhos encherem-se do mais puro liquido que dá o fôlego à alma que se sente enfadonha com a monótona normalidade.
Às vezes o pensamento voa longe em direção a alguém que nem ao menos sabe da ronda silenciosa que não se finda.

Que o universo grite minha voz imune ao silêncio de hoje.
Que o sonho se realize na normalidade dos dias.
Que os olhos se abram em meio à ausência de realidade.
Que as mãos encontrem no trabalho o sentido de dar-se.
Que os ouvidos ouçam somente a voz verdadeira.
Que mesmo com o vento forte, aquele primeiro amor não seja levado e soterrado.
Que os dias não roubem a fidelidade que um dia jurei.

Que meu Universo seja resumido em poucas palavras.
Que eu saiba entregar-me com a monotonia, a normalidade dos dias e a pobreza do meu coração inquieto.

A pipoca



Texto lindo do Rubem Alves.

Espero que vocês pensem muito e sejam pipocas neste mundo!


A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras que com as panelas. Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-mo a algo que poderia ter o nome de ‘culinária literária’. Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos. Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme A festa de Babette, que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como ‘chef’. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo - porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento.


As comidas, para mim, são entidades oníricas. Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu. A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas idéias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível. A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela.


Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristãos, religiosos, são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas. Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do Candomblê baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblê...


A pipoca é um milho mirrado, sub-desenvolvido. Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a idéia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos. Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado. Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!


E o que é que isso tem a ver com o Candomblê? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa - voltar a ser crianças!


Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão - sofrimentos cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.


Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum! - e ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.


Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. ‘Morre e transforma-te!’ - dizia Goethe.


Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. Meu amigo William, extraordinário professor-pesquisador da UNICAMP, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia as explicações científicas não valem. Por exemplo: em Minas ‘piruá’ é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: ‘Fiquei piruá!’ Mas acho que o poder metafórico dos piruás é muito maior. Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. Ignoram o dito de Jesus: ‘Quem preservar a sua vida perde-la-á.’ A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.


Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira... (O amor que acende a lua, p. 59.)

Senhor, eu seguro firme em Ti.

Somente em Ti...