Naziisraelismo





Há algum tempo tento desvencilhar-me do assunto da guerra do Oriente – Médio por motivos óbvios. Quem conhece meu sobrenome já sabe... Saad.
Porém a cada explosão o meu sangue explode, junto com o sangue das milhares de vítimas civis deste conflito imundo.

Talvez um pouco de história ajude a situar os perdidos em meio a tantas explosões.

Segundo as escrituras, a diáspora é conseqüência do mau procedimento do povo de Israel, para o dicionário este verbete significa a dispersão de um povo, emigração ou saída da pátria.

Aconteceram em Israel dois eventos denominados diásporas. A primeira ocorreu durante o governo de Nabucodonossor rei da Babilônia em 586 a.C. Já a segunda aconteceu no ano 70 D.c com a destruição de Jerusalém pelos romanos, fazendo os judeus migrarem para outros territórios como Ásia e Europa.

Baseando-se em tal acontecimento houve a criação do movimento denominado Sionismo (proeminente do Monte Sião) que prega a volta dos judeus à uma pátria comum para dentre tantos motivos diminuir o anti-semitismo. O local escolhido foi a Palestina, pois há mais de 8 séculos antes da criação do movimento havia sido moradia dos judeus não helenizados. O que os adeptos do Sionismo não analisaram era a existência de um outro povo culturalmente e etnicamente enraizada há 400 anos na área Palestina.

Com a desculpa do holocausto, os judeus conseguiram forças para que a causa Sionista fosse aprovada de forma espetaculosa e ligeira. Filmes foram produzidos, novelas, séries de TV, livros e toda a forma de divulgação do drama judaico. Os judeus sofreram xenofobia e deveriam ser ressarcidos pelos atos do animalesco Hitler. Porém não se fala das outras vítimas do extermínio nazista. Como foram indenizados os Testemunhas de Jeová, os homossexuais, os deficientes físicos? Serão eles contemplados atualmente com um território outrora ocupado há 400 anos?

Os meios de comunicação são em sua maioria de proprietários judeus. Assusta-me a cobertura dos jornais e revistas brasileiros à guerra. A revista Veja trás na manchete sobre o assunto desta semana a foto de soldados israelenses chorando a morte de um colega e induzindo o leitor a crer que o óbito daquele rapaz é culpa única dos árabes. Porém estima-se que mais de MIL civis palestinos tenham perdido a vida na guerra desumana de Israel. E estes são dados divulgados na imprensa de proprietários JUDEUS, ou seja, os números são muito superiores.

É um escândalo assistir a destruição de milhares de vidas, do estouro dos vários foguetes que todos os dias destroem as cidades e os anos de esforços populacionais. É inadmissível observar Israel bombardear o prédio da ONU e usar de bombas químicas contra a população. É simplesmente revoltante ligar a TV e ouvir o apresentador do Jornal Nacional anunciar que os partidos palestinos haviam sido banidos da legalidade e ao final bradar “vale lembrar que são apenas sete partidos, não fará muita diferença à democracia”.

É constrangedor para os sentidos humanos assistir tais fatos em plena consciência. Pode parecer que sou uma anti-semita, ou xenófoba, mas, não sou. Apenas acredito que Israel é um Estado tão cruel quanto o Estado Alemão no período nazista, porém, como os árabes detém pouco poder midiático, a versão histórica será apenas mais uma, tal como dos Testemunhas de Jeová, homossexuais e portadores de necessidades especiais, uma ossada em um campo de concentração, ou em uma explosão qualquer.

Que venha o novo filme de Spielberg.