Anatomia de uma dor- Pate II

Visão Médica


Para a medicina, a depressão é conseqüência de baixos níveis de serotonina, o neurotransmissor responsável por estabilizar o humor, o sono e o apetite, gerando insônia, cansaço, tristeza, dificuldade de concentração. Tal desarranjo pode ser observado na ilustração abaixo.


Segundo a psiquiatria a depressão é uma doença, ocasionada por predisposições genéticas (filhos de depressivos possuem três vezes mais chances de manifestarem depressão), além do uso de drogas e medicamentos (como os de emagrecimento) e doenças de oscilações hormonais.

Esta tese é reforçada pelo psiquiatra Geraldo Francisco do Amaral, pesquisador da Universidade Federal de Goiás (UFG). “Quando eu digo que um paciente é deprimido, especifico que ele tem uma doença biológica, provavelmente possui antecedentes genéticos na família, e está sofrendo desarranjos da química cerebral.”

Refutando as teorias da psicologia, a medicina afirma que a depressão não tem aspectos gerados por transtornos psicológicos, sendo estes apenas elementos desencadeadores de um processo outrora iniciado por meio da herança genética. “Quando a pessoa nasce, ela já possui uma vulnerabilidade pessoal e existem determinados marcadores individuais. Os aspectos psicológicos e ambientais podem ser fatores estressantes que vão contribuir para desencadear a depressão, porém jamais, uma situação psicológica irá causar uma depressão”, atesta Amaral.

A estudante Karla Fernandes* apresentou uma crise depressiva aos 17 anos quando se preparava para o vestibular, ela é filha de um depressivo além de possuir outros casos da doença na família. “Eu sofri de depressão profunda, acho que herdei isso do meu pai; precisei me afastar do curso preparatório para o vestibular por um ano, hoje estou bem, mas sempre atenta, vou ao psiquiatra semestralmente, uso os medicamentos prescritos e sou apoiada por minha família, meus amigos e meu namorado”, afirma.

Assim como Karla, a psiquiatria afirma que o depressivo deve buscar auxílio em um tratamento psiquiátrico, onde lhe serão oferecidas drogas antidepressivas, ou seja, medicamentos que corrigem o metabolismo dos neurotransmissores, além de acompanhamento psicoterápico e um reordenamento em todos os âmbitos da vivência pessoal deste indivíduo.






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