Maltrapilho

0 comentários


Paro por aqui
Não posso passar pela porta dos perfeitos
Proíbem meu jeito, defeito não é bem aceito aqui
Acesso negado

Quero te seguir
Será que me deixam aproximar de ti?
Tocar no teu manto, comer nesta mesa, beijar teus pés
Sentir o amor que não tem ressalvas
Que salva o que é meu
Que me chama a estar contigo

E assim posso esperar
que seja aquela mesma esquina
ou mesmo do lado de fora
ninguém merecerá
mas tua graça me conforta
que deixa ao fim Te alcançar




Eu que sou maltrapilha, faço desta canção minha conversa com Deus:
Mesmo que muitas vezes do lado de fora, Tua graça me conforta!
Que deixa ao fim que eu te alcance!

Tempero de saudade...


Bem, esta é a sensação que tenho ao terminar o livro “Julia e Julie”, da americana Julie Powel. Sinceramente, em si eu esperava muito do livro e minhas expectativas foram, digamos, um pouco frustradas...

Esta é a história de uma secretária americana proveniente do Texas, mas que mora em NY. Julie está a beira dos 30 anos e da loucura por não possuir a carreira dos sonhos, não ter uma moradia decente, além da pressão social para que procriasse.

Um dia visitando a casa da família, no Texas e em meio ao caos de sua vida, Julie encontra o divisor de águas para sua existência até então medíocre: o livro Mastering the Art of French Cooking (dominando a arte da cozinha francesa), da também americana Julia Child (1912-2004).

Incentivada pelo marido, Erick, Julia cria um blog (alô gente isso aconteceu em 2002, ou seja a blogosfera era uma novidade; eu nesta época iluminada brincava de Super Mário em um computador que demorava ilustres dez minutos para ligar, e nem sonhava com Internet) que tinha como objetivo contar o desafio de Julie de fazer em 365 dias as mais de 500 receitas do livro de Julia Child.

Aí começa a aventura de uma mulher desesperançosa, louca e desequilibrada rumo à redenção de seus dramas! Julie Powel traça em uma narrativa linear suas aventuras culinárias acoplando suas aventuaras existenciais...

Sinceramente, este livro não me comoveu, mas agora ao fechar a ultima página, começo sentir saudades das histerias irreais da Julie e de seus dramas existenciais e daquele tempeiro insano que ela inceriu sem querer em minha memória.

Agora me resta esperar pelo filme Julia e Julie, com a fantástica Merly Streep...
Conto com uma prece de vocês para que haja um pingo de modernidade nas salas de cinema desta currutela denominada Anápolis! Pelo amor de Deus, tirem este Crepúsculo de cartaz... Quem precisa de um vampiro adolescente hermafrodita?
Acho que o tempero da Julie está muito forte... Estou falando como ela!

Frase da noite


Deus sabe o que fazer de mim. Não tenho nenhuma inquietação a esse respeito

Edith Stein

E daí para a Madonna?!

E daí para Madonna?
E daí se ela tem uma jogada de marketing com uma criança africana?
E daí se ela tem outra jogada de marketing com uma outra criança brasileira para burlar um divórcio?
E daí se ela veio ao Rio de Janeiro e jantou em meio ao black-out.
E daí?
Fico a imaginar, o que levou Eike Batista doar 7 MILHÕES (sim eu disse esta palavra mesmo) a uma estrangeira que em nada contribui para o progresso deste país.

Sabe em quem penso? Nas crianças da Ilha do Marajó, que muitas vezes por um prato de comida precisam vender seus corpos. Penso nos desabrigados pela enchente no Rio de Janeiro. Penso naqueles que agonizam sozinhos os últimos dias de vida em clínicas para soropositivos. Penso nas vítimas mirins do câncer. Penso nos meninos do tráfico que tão crianças perdem suas vidas em uma luta desleal. Penso nos idosos abandonados em “casas de repouso” (que irônico). Penso nas adolescentes (mães solteiras) grávidas e solitárias.

Depois de pensar em tudo isso, não consigo imaginar como conseguem dar holofotes (e milhões) a uma cantora pop que um dia terá o mesmo destino de Michael Jackson (espere aí você ainda lembra quem é Michael Jackson?) de mim e de você...

Se ela faz sucesso e revolucionou o comportamento de milhares de pessoas isto é outro assunto, porém, de marketing humanitário eu faço agora a quem merece.

Olhem para Dom José Luiz Azcona Hermoso, 69 anos, bispo da prelazia do Marajó. Homem incansável pela luta dos direitos humanos, atuando contra a devastação ambiental da fauna flora e por suas denuncias, em especial ao tráfico de mulheres e a prostituição infantil é alvo de permanente ameaça de morte.

Dom Azcona não tem luzes, fotógrafos, nem modelos para fazer-lhe publicidade, aliás, ele não se preocupa com esta. Seu marketing é viver sob a sombra ameaçadora de um fuzil e se preciso for ser mártir por um povo.

E daí para Madonna, tem coisa mais importante para pensar, ser publicado e patrocinado.

Jornalista Lula seria demitido


Lula pode ser o presidente mais popular da história do Brasil, com alto prestígio internacional. Pode até eleger uma sisuda burocrata, que nunca teve nenhum voto, para o seu lugar. Mas, como jornalista, seria demitido rapidamente. Isso se seguisse seu manual particular de jornalismo.

Nos últimos tempos, o presidente tem dito coisas como: o papel do jornalista não é fiscalizar, mas sim informar. Chegou a pedir aos repórteres que não "interpretassem" um fato, afirmando que eles deveriam apenas relatá-lo friamente. Cada vez se incomoda mais com os "formadores de opinião", pessoas que, justamente, têm a missão de analisar.

No mais, Lula diz, até com certa ponta de orgulho, que não lê jornal --assim não se incomoda em afirmar que não gosta de ler livros, que, segundo ele, dão sono.

Todas essas manifestações não teriam maior importância e fariam parte do costume presidencial de falar, sem pensar, o que lhe passa na cabeça. O que me preocupa é ver cada vez mais a irritação com a diversidade e com os mecanismos de controle da sociedade.

São os ataques seguidos ao TCU, o desdém com advertências dos juízes sobre as viagens eleitorais, e a tentativa de interferência em empresas privadas.

Pelo jeito nada disso coloca em risco sua estupenda popularidade, mas coloca em risco a imagem de alguém que reverencia a democracia, que, sem mecanismos de controle (e a imprensa é um deles), não funciona.

BY: GILBERTO DIMENSTEIN

Barco a vela

0 comentários
Ontem sem muita coisa a fazer me deparei com uma canção da Eliana Ribeiro que me faz pensar bastante...
Quem sou eu? Quem é Deus? Onde tenho colocado minhas vontades?
Além da melodia esta letra diz muito daquilo que eu devo ser perante Deus, e talvez você se identifique e faça de si um barco a vela...

Insisto em persistir em meus desejos
Insisto em só fazer do meu jeito
Me perco querendo ser Deus de mim
Escolhe mal quem escolhe só
Quem deixa Deus ser Deus, vê melhor
Aquilo que os olhos não podem ver
Por isso deixo aqui meu querer
Guia-me Senhor por onde aprouver
Calo meu querer para ouvir o que Deus quer
Barco à vela solto pelo mar
Vou para onde o vento do Senhor levar...