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- O que gosta de ser essa menina? Gosta de bambolê, de ter Maria-chiquinha. Gosta tanto de ler, gosta do que vê e sente. Prende flor no cabelo, usa vestido de chita. Calça chinelo de dedo, na rua sempre desfila. Na passarela do ipê, dança e canta como artista. Gosta de pastel de queijo Com goiabada e um beijo seu. Borda o seu nome num lenço Deixa um bilhete na porta, E diz que vai voltar!
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Quando criança, Helena se encantava com a movimentação e a postura das repórteres na TV. Sua brincadeira preferida era usar o desodorante da mãe, não com o intuito de se perfumar, mas ser a nova âncora do jornal, filmado com o espelho da penteadeira.
Mais de uma década se passou e a obstinada Helena, contrariando a vontade da família, que gostaria de vê-la advogada, se formou em Jornalismo. “Quando paro pra pensar qual foi o objetivo exato que me fez escolher essa profissão fico sempre pensativa, parece que ela nasceu em mim, escolhi ainda quando eu estava na 7° série, por achar que era diferente das demais, além de me identificar com tudo que existe nela”, explica.
De acordo com a qualificação dos quatro temperamentos, Helena é uma colérica, ou seja, demonstra características ligadas a uma pessoa enérgica, independente e que age de forma prática.
O colérico geralmente possui um estilo mais analítico e gerenciador, pois não tem grande habilidade para trabalhos que envolvam minúcias ou ainda alto nível de precisão. É voltado para o lado prático das coisas, tendendo a ser uma pessoa de caráter enérgico, vivaz, ativo, ardente.
O mestre em psicologia clínica, Artur Vandré, explica que o colérico é um líder nato, tomando com facilidade decisões para si mesmo como para os outros. “A liderança do colérico gera nas pessoas algumas reações como o medo, quando ele chega seus subordinados sentem um frio na barriga, ele adquire respeito e as atenções todas voltadas para ele”, destaca.
Tendendo a ser objetivo, o colérico possui muitas ambições, uma firmeza inabalável, além, de possuir um estilo genioso, impetuoso, auto-suficiente e independente. “costumo guardar os sentimentos dentro de mim e quando eu resolvo coloca-los para fora é como um terremoto para mim e para os outros. Sou desconfiada demais e gostaria de realizar tudo na minha vida em um dia e morrer no outro”, admite a colérica Helena.
De acordo com Vandré, por mais que os coléricos possuam obstinação e até um certo autoritarismo, nem sempre conseguirão tudo que almejam. “É importante que ele saiba que suas emoções vivenciadas não são o parâmetro do mundo e nem sempre será obtida a obediência das pessoas e das circunstâncias”, enfatiza.
O psicólogo ainda explica que embora o colérico possua emoções mais afloradas, e seja mais independente no pensamento e na forma de viver, suas decisões não podem controlar eternamente a vida das pessoas. “É como um pai que fala mais alto e determina os rumos da vida do filho, um dia ele terá confronto. Seu filho não aceitará seguir algumas regras impostas como usar uma roupa que não é do agrado, chegar na hora estipulada, ou até mesmo seguir a carreira determinada”, ressalta.
Artur Vandré revela que por este caráter ambicioso, líder e obstinado, os coléricos se destacam em profissões como diretores de empresas, juízes, advogados e atividades cujo senso de direção e responsabilidade estão ativados.
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