Proteja-se do estelionato


Em novembro de 2011, um cliente em potencial comprou em cheque, R$ oito mil em cervejas, de uma rede de supermercados, em Anápolis. Muito simpático com as atendentes, ele as cativou com sua boa educação e suas histórias de uma vida mirabolante.

Outro dia ele voltou, comprou mais de R$ três mil, no mesmo item, contou mais histórias e fez mais gente sorrir, porém, quando o setor financeiro do supermercado depositou o cheque foi surpreendido com um rombo de quase R$ 12 mil. O cheque era roubado e o tal cliente em potencial, era na verdade um estelionatário que aplicava golpes em todo estado.

Segundo o Código Penal brasileiro o estelionato é enquadrado como crime econômico (Título II, Capítulo VI, Artigo 171), sendo definido como obter para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, astúcia ou qualquer outro meio fraudulento.

Parece um crime distante, algo Hollywoodiano, mas não é bem assim. De acordo com o titular do 6ºDP, delegado Manoel Vanderic, o estelionato é o campeão de ocorrências, não só em Anápolis, mas em todo o estado.

O delegado afirma que a maior incidência de estelionato acontece durante as transações comerciais, principalmente na utilização de cheques, roubados, fraudados ou sem fundo. “Os estelionatários, se utilizam da boa fé e da ingenuidade das pessoas para cometerem esses golpes e fraudes”, explica.

Como se proteger

Jerônimo (nome fictício) queria trocar o carro por um modelo mais novo. Ele encontrou um comprador interessando no veículo, que fez o pagamento em cheque. Empolgado com essa possibilidade e o carisma do comprador, ele efetuou a transferência do automóvel, antes de depositar o cheque. Porém ao tentar a quantia estabelecida, no banco foi informado que se tratava de um cheque roubado.

O delegado Manoel Vanderic diz que casos como o de Jerônimo podem ser evitados. “A polícia orienta que as pessoas antes de concluírem qualquer tipo de negócio busquem referência sobre o titular do cheque e as pessoas que negociam com amigos é preciso fazer o mesmo procedimento, hoje em dia tem que desconfiar até mesmo do irmão”, destaca.

Ele também alerta sobre a possibilidade de dinheiro fácil que é oferecida às pessoas e muitas vezes pode se tratar de um golpe. “Não existe dinheiro fácil, existe um padrão que se repete no estelionato, eles prometem dinheiro fácil a fim de lucrarem uma quantia a mais nos seus negócios, mais uma vez ressalto que é preciso pesquisar e buscar referências, antes de concluir qualquer tipo de transação comercial”, alerta.

Para maior segurança do vendedor, Vanderic ressalta que muitas vezes nas vendas com cheque, o estelionatário pode se utilizar de documentos falsos. De acordo com ele, antes de fechar um negócio é necessário fazer uma pesquisa nos órgãos expedidores e na Polícia Civi

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