Anápolis na rota do tráfico de mulheres

O Texto e a foto são de minha autoria

O que restou para a família de Simone foi uma foto, a sensação de impotência, impunidade, além do vazio eterno ocasionado pela saudade. A jovem de 23 anos deixou o Brasil em busca de melhores condições de vida na Espanha.

Aliciada por uma quadrilha que trafica mulheres para fins sexuais, Simone morreu misteriosamente no país desconhecido, apenas três meses após sua chegada. Até hoje, os pais buscam explicações para o fato e alegam que nunca mais foram os mesmos desde o falecimento precoce da filha.

Simone faz parte da obscura estatística, que não possui números precisos para medir a quantidade de seres humanos vendidos e explorados como animais fora do país. Os ativistas na luta contra essa realidade, como o bispo de Marajó (PA), afirmam que isso acontece, pois, as quadrilhas são grupos tolerados pela sociedade, por seu alto poder econômico e a alta capacidade de inescrupulosamente agir diretamente na eliminação das pessoas, que as denunciam.

O tráfico humano para exploração sexual é a terceira maior fonte de renda ilegal do mundo, estima-se que por ano, quase um milhão de pessoas são traficadas, destas 98% são mulheres, que geram mais de 32 bilhões de dólares ao mercado negro. O Brasil lidera o vergonhoso ranking dos maiores exportadores de mulheres, com 85 mil vítimas.
E dentro dos números brasileiros, Goiás figura como um dos campeões nacionais no tráfico de pessoas, sobretudo mulheres e Anápolis é rota para essa viagem, muitas vezes sem volta. Para o membro do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP), o juiz Rinaldo Aparecido Barros, muitos aspectos auxiliam para esta perspectiva, entre eles, a beleza da mulher goiana, mão de obra predileta e prioritária para os traficantes, que fazem falsas promessas de emprego como babás, modelos e até mesmo a prostituição é apresentada como uma oportunidade mágica de enriquecimento.

Ele alega que o tráfico de mulheres é muito mais vantajoso para um traficante, que o próprio tráfico de drogas, uma vez, que a mulher explorada não é descartável e sim, pode ser reutilizada por meio de diversas vendas, sendo esse ciclo encerrado, apenas com a morte ou o enlouquecimento da vítima.

Ao chegar no país, a realidade já é outra totalmente diferente. As mulheres adquirem uma dívida com o traficante, que lhes cobra o valor da passagem, hospedagem, a exigência de uma porcentagem dos (muitos) programas que são obrigadas a realizar, além de cercearem a liberdade, subtraindo-lhe o passaporte, não permitindo que elas transitem livremente pela rua, ou falem ao telefone sem monitoramento.

Na senzala do século XXI, as escravas sexuais, são algemadas às dívidas impostas pelos “barões do tráfico”, que a cada dia aumenta, tornando-se impagável e fazendo da alforria um ato praticamente impossível.

Imputações pelos mais variados motivos geram multas absurdas, como uso de tênis, não se pode descer dos quartos de sandália, deitar no balcão, passar da hora, é proibido ir à rua com roupas curtas, as atividades exploratórias sempre devem se iniciar em um horário determinado. Quem infringe essas normas paga multa. As mulheres também pagam multa por cada cliente recusado, ou seja, é praticamente impossível se libertar desse cativeiro e para conseguir dar conta das “regras”, essas mulheres se vêem obrigadas a fazerem uso de drogas e álcool.

Mulheres de vida fácil?

Entre promessas de despesas pagas, emprego garantido e muitos sonhos de uma vida melhor, as vítimas do tráfico internacional de pessoas, têm como destinos mais freqüentes Espanha, Suíça e Portugal.

De acordo com a titular da Delegacia de Defesa Institucional, Marcela Rodrigues, o (a) aliciador (a), geralmente aborda as jovens oferecendo trabalho no exterior ressaltando sua beleza, suas características corporais e a facilidade para ganhar dinheiro. “Elas sabem dos desejos e das dificuldades dessas jovens e sabe convencê-las porque apresentam sua própria trajetória como vitoriosa. E, ainda, ressaltam a superioridade da mulher brasileira em relação às européias no que concerne à sexualidade e que seriam as preferidas dos homens estrangeiros. Esse discurso está todo baseado na subalternidade e na condição heterônoma da mulher”, destaca.

Por incrível que pareça, muitas vezes, o aliciador é uma pessoa próxima, e possui com a vítima, relações que envolvem afetividade. Para a psicóloga Cíntia Maia, da Diretoria de Políticas Públicas para as Mulheres, como já há um vínculo com o aliciador, existe um maior respaldo na hora do convencimento, que envolve promessas de uma vida farta e dinheiro em abundancia.

Vislumbradas com essas possibilidades elas encaram tais propostas, como uma oportunidade de crescimento, já que dados da Polícia Federal apontam que elas são em maioria, jovens de baixa renda, entre 18 e 30 anos, geralmente mães solteiras e responsáveis pelo sustento econômico financeiro de seus familiares.

Para Nelma Pontes, do NETP, a prostituição pode ser até uma opção pessoal, mas é preciso desconfiar do oferecimento de muitas vantagens. “Para vencer na vida, não existem facilidades demais é preciso desconfiar dessas propostas muito boas. Se a pessoa fizer uma conta matemática, o custo de vida lá é muito mais alto e para ter o mesmo padrão de vida daqui a pessoa precisa se desdobrar. Ninguém é muito bonzinho pra te ajudar na a ganhar na loteria”, critica.


Na mala muita decepção

A desarticulação das redes de tráfico humano é uma atitude arriscada e extremante difícil. De acordo com o bispo de Marajó, Dom Azcona, a atividade mobiliza bilhões e conta com a conivência de políticos e pessoas influentes, além de estar infimamente atrelado ao narcotráfico, tráfico de armas e exploração sexual de menores.

A delegada Marcela Rodrigues também expõe a dificuldade de desarticulação por conseqüência das próprias vítimas, pois há uma grande dificuldade para efetuarem denuncias e se desvincularem da rede. “A maior dificuldade para desarticular redes de tráfico de mulheres, é que as envolvidas com o tráfico têm muitas dificuldades em se perceberem como vítimas, devido ao fato do aliciador pertencer à sua convivência social; as relações são permeadas por contradições e um desejo muito grande de melhorar de vida, ser independente financeiramente e ajudar a família; e as condições de trabalho das mulheres que atuam no mercado do sexo no Brasil são difíceis e permeadas, também, pela violência”, explica.

Mesmo com as inúmeras dificuldades, já elencadas, muitas mulheres conseguem retornar ao Brasil através de instituições, como a Organização Não Governamental (ONG), “Resgate”, que possui escritórios em diversos países, e como o próprio nome revela, literalmente resgata pessoas que vivem em condições inumanas fora do país.

Uma vez, de volta à terra natal, essas mulheres enfrentam uma dificuldade imensa de readaptação, por conseqüência da história de terror vivida durante o tempo de permanência fora, além de muitas delas terem adquirido marcas irreversíveis, como as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), e o vício em álcool e drogas.

A diretora de Políticas Públicas para as Mulheres, Erondina de Moraes, ressalta que em muitos atendimentos feitos por sua diretoria, a mulher resgatada, possui bens como casa bem mobiliada e um bom carro, mas não encontra estrutura psicológica e monetária, para um recomeço em sua sociedade matriz. “Elas até têm uma casa organizada, levando as pessoas a pensarem que não há necessidade de apoio, mas o que não se sabe é que essas mulheres não têm como se manter socialmente”, acredita.

Mesmo com o NETP, um serviço governamental, que está à disposição dessas mulheres, poucas são as que buscam ajuda efetiva. Segundo Nelma, esse fato ocorre, pois existe a vergonha da sociedade, sobretudo da família. Ela também destaca que muitas não procuram o núcleo por já chegarem ao Brasil com problemas psicológicos e ainda precisarem lidar com a adaptação.


Combate educativo

As entidades têm encontrado um bom momento para resgatar as pessoas em situações exploratórias, visto que principalmente a Europa se encontra em uma crise recessiva da economia, e os trabalhos, inclusive os de cunho sexual estão em baixa monetária.

Se por exemplo, uma mulher cobrava € 100 por programa, com a crise foi obrigada a baixar seu preço para € 20, ou seja, a prostituição não gera mais riqueza como antigamente, e essas garotas, mal vêm conseguido recursos para a própria sobrevivência.

Mas, o principal foco do governo e das entidades de luta contra o tráfico humano (visto a dificuldade de desarticulação das máfias), é trabalhar com o viés educativo para a redução destes índices.

Com intuito de capacitar os órgão de repressão e de luta contra o tráfico de pessoas, será realizado no segundo semestre pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um congresso internacional para discutir o tema. A nível municipal, o NEPT realizará em Anápolis em maio um seminário que visa debater entre sociedade, governo, Justiça e polícias a problemática do tráfico humano.

Goianos no mundo

Fabiana e o esposo, José, no Japão

Dados fornecidos pelo secretário de assuntos internacionais do governo de Goiás, Elie Chidiac revelam que existem cerca de 200 a 300 mil, goianos no exterior e muitos deles em situações deploráveis ocasionadas pela ilegalidade.

A maioria das mortes registradas, são por decorrência de assassinatos brutais, que de acordo com Chidiac, acontecem, pois esses imigrantes não têm acesso à Justiça, por que correm o risco de serem deportadas. Fruto dessa realidade, eles não têm direito de aquirir armas de fogo e procuram fazer “justiça”, com as próprias mãos com armas brancas e acabam gerando violência, como no caso de Bruno.

O secretário ainda ressaltou, que com a crise econômica, muitos goianos estão voltando pra casa, pelas baixas condições sociais oferecidas pelos países.


GOIANOS NO EXTERIOR:
200 a 300 mil.

LOCAIS E OCUPAÇÕES MAIS FREQUENTES:
EUROPA- imigraçao irregular, trabalhos de baixa escolaridade, semi-escravo, prostituição
JAPÃO E ORIENTE MÉDIO- predominantemente descendentes de cidadãos destes países, empresários e um pequeno nível de prostituição

MORTES REGISTRADAS:
2011- 8
2012- 10

TRANSLADOS:
4- cremados e financiados pelo governo
5- financiados pelo governo dos EUA
1 – financiado pela família

9 MORTES NA IRLANDA EM TRÊS ANOS:
8- assassinatos
1 – enfarto

O drama do sonho que vira pesadelo

O drama do sonho que vira pesadelo




Se fosse um livro, a história dos milhares de brasileiros que deixam o país sempre teria em comum as páginas iniciais. O sonho de adquirir uma vida melhor para si e a família deu asas para que todos eles voassem rumo ao desconhecido.

Essa idéia de uma vida melhor no exterior é recente, iniciando-se apenas na década de 70. Estima-se que mais de 100 mil brasileiros emigram todos os anos para outros países, destes, 300 mil são goianos que já moram e 70%, (210 mil) estão em situação irregular.

O anapolino Bruno Lemes de Sousa, de 28 anos, fazia parte desta estimativa. Saiu do Brasil rumo à Irlanda, com a promessa de mudar de vida, já que seria suspeito de participar do homicídio de uma mulher, além de dar uma condição monetária melhor aos pais e à filha de três anos.

No condado de Kerry, ele trabalhava como operário de uma fábrica local e nas horas vagas comprava e vendia carros para engrossar a renda. Para a família, ele se dizia muito feliz com a vida e a namorada brasileira, sempre falava em voltar, mas primeiro precisava ganhar mais dinheiro e garantir a estabilidade.

No dia 16 de fevereiro, Bruno ligou para a companheira avisando que levaria o carro para um cliente em outra cidade, mas chegaria a tempo do jantar. Não foi o que aconteceu. A partir deste dia, começou a jornada de angústia por notícias do jovem, e possíveis pistas para encontrá-lo.

Somente no último domingo (11), após 24 dias de buscas, a família e amigos foram informados que o corpo de Bruno fora encontrado em um pântano há 150 km da cidade onde morava, com sinais de violência.

Dois homens, um brasileiro e um irlandês são suspeitos do crime, que possui várias especulações. Um conhecido afirma que a vítima devia mais de € 9 mil, a ciganos; o jornalista Owen Conlon, porém, ressalta que a polícia local acredita que os suspeitos mataram Bruno, pois, este vinha flertando com a namorada de um deles.

Independente das razões que motivaram o crime fica uma família desolada que não terá direito de velar e se despedir do ente que foi em busca de um sonho e voltará em forma de cinzas, já que o translado do corpo em decomposição é inviável tanto de forma logística, como monetária.

Conheça a história de brasileiros que saíram pelo mundo, assim como Bruno, em busca de uma vida melhor e nem sempre essa foi a realidade encontrada.

A vida dele é um filme

Parece história de filme, mas não é, o anapolino Roger (nome fictício), deixou a mulher e a filha em Anápolis, com a promessa de um bom emprego na Bélgica. Ao chegar no país, a realidade era diferente: acomodações precárias, insalubridade laboral e um salário tão mirrado, que os vencimentos só davam para pagar as despesas básicas e enviar uma quantia à família.

A situação de Roger se complicou, quando ele perdeu o emprego. Como ele não conseguia economizar, se viu abandonado pelos amigos que o convidaram para morar no exterior, e obrigado a morar no metrô como um indigente.

Com aparência desfigurada, barba gigante e banho como uma raridade, ele conseguiu a compaixão de uma brasileira, que vivia da prostituição. Ela conseguiu com um conhecido, uma audiência para Roger, com o rei belga, que lhe ofereceu uma passagem de volta ao Brasil, na condição de deportado.

Roger aceitou com prazer a deportação e voltou a Anápolis, local de onde ele diz nunca mais querer sair.

27 dias de trabalho sem folga

Fabiana é descendente de japoneses e tem uma irmã que já morava no país de origem. Ao ver o marido, José, desempregado, a necessidade de ter a casa própria e a vontade de dar uma condição melhor à filha de dois anos, não titubeou em procurar uma agência que fornece empregos a brasileiros no Japão.

Na cidade Joso-shi, província Ibaraki-ken, Fabiana trabalhou junto com o marido, em uma fábrica de alimentos congelados, e levavam uma vida que ela categoriza como difícil e ruim.

No Japão, a carga horária é similar à do Brasil, de oito horas diárias e se ganha por hora, porém era raro uma jornada inferior a 12 horas, já que quanto mais se trabalha, mais se ganha. Fabiana, conta que por ser mãe, ela tinha direito ao domingo de folga, mas, o marido era obrigado a comparecer no trabalho inclusive nesses dias. “O Zé, por ser homem, não tinha direito às folgas no domingo, ele já chegou a trabalhar 27 dias direto, sem nenhuma de folga”, destaca.

Fabiana, disse que sentia falta da espiritualidade típica do Brasil, pois, os japoneses são frios e se sentem ameaçados com a presença de brasileiros, que em tempo de crise, por serem mais ágeis e produtivos, acabam faturando as vagas nas empresas. Como consequência dessa vida agitada, ela disse que ao longo dos três anos de vida no Japão, presenciou muitas mortes por enfarto, que as pessoas não tinham tempo para desfrutar das aquisições e para os religiosos como ela, havia missa a cada dois meses e em locais muito distantes.

O Tsunami foi um fator inesperado na vida do casal. “Ficamos preocupados principalmente por causa da nossa filha. Quando soubemos do risco de contaminação era muito maior nas crianças tomamos essa difícil dicisão, pois, ainda não estávamos planejando voltar, ainda tínhamos dívidas pra pagar, tínhamos acabado de comprar a casa, íamos começar a comprar os móveis. Viemos na fé, crendo que Deus proveria tudo”, relata.

Mesmo com a conquista da casa e de outros bens, Fabiana garante que não pensa em voltar ao Japão. De acordo com ela, existem valores que nenhum dinheiro compra. “Apesar de precisar ainda, porquê ainda estamos tentando nos estabilizar financeiramente, não quero voltar, pois, com tudo isso, vimos que o dinheiro não é prioridade na nossa vida e que lá não tínhamos tempo pra família, pra nossa filha. Não queremos que a creche crie a nossa filha, nós queremos criá-la e conduzí-la no caminho de Deus, coisa que lá não tem como. Dinheiro a gente se vira, aprende a viver com o que tem”, declara.

Em busca do American Lifestyle

A década de 90 registrou um índice elevado de brasileiros que foram tentar a vida nos Estados Unidos (EUA), e dentre eles estava Zenaido.

Em 1995, ele conseguiu um visto de turista, deixou a profissão de ourives e passou seis meses no país do Tio Sam, para ver como era antes de mudar-se definitivamente com a mulher e os filhos.

Depois da experiência inicial, ele voltou ao Brasil, montou uma oficina mecânica e por algum tempo desistiu da idéia de voltar. Mas um divórcio mudou o rumo dessa história e dessa vez Zenaido mergulhou definitivamente no sonho americano.

Como o visto era de turista, logo seis meses depois houve o cancelamento da permissão de estadia nos EUA, e como milhares de brasileiros, ele permaneceu ilegalmente por muito tempo. Começou um trabalho de “chapa”, em construção de casas de madeira, mas hoje já é dono de uma construtora e possui vários funcionários.

Durante esses quase 10 anos de espera pelo Greencard (visto para imigrantes), Zenaido se privou da convivência com os dois filhos, que só falava por telefone, carta e mais recentemente, via webcam. O filho do brasileiro, Tony, diz que mesmo com a ausência do pai, a vida que ele lhe proporcionou compensou a falta. “Foi um tiro no escuro, mas com isso, ele comprou varios imoveis aqui, a casa dele lá, carros, está pagando minha faculdade, eu creio eu que se ele nao tivesse feio isso, tudo que temos hoje seria bem menos, e olha lá se teríamos algo. Ele nao acompanhou nosso crescimento, nem nos convivemos com ele nossa infância, mas com tempo acabamos acostumando”, explica.

Zenaido, recentemente levou o filho mais novo para morar com ele e não pensa em voltar ao Brasil, embora com a conquista do greencard, passe as férias anuais aqui.

A Crise mudou a rotina da brasileña

Encontrei Maria, minha chará, em uma mercearia de um bairro da classe média alta, em Madri, durante uma viagem no ano passado.

Assim que descobriu que eu e meus amigos éramos brasileiros, se alegrou e prontamente veio conversar conosco, logo descobrimos que ela morava no mesmo prédio onde nos hospedamos.

A princípio fiquei constrangida em perguntar qual era a sua ocupação, mas antes que eu questionasse, ela parece ter adivinhado minha curiosidade e contou que morava com o marido no residencial para cuidar de um idoso, já debilitado e era babá da filha da vizinha.

Ela contou que o filho e outros cinco imigrantes, dividiam o aluguel de um apartamento próximo, pois só desta forma conseguiam juntar algum dinheiro para voltar ao Brasil e que a maioria dos espanhois não têm afinidade com brasileiros, pois muitos apresentam condutas inaceitáveis, como prostituição, furto, uso de drogas e outras infrações.

Com a crise, a “brasileña”, como é conhecida Maria, ressaltou que a situação dos imigrantes ficou muito difícil. “Antes se houvesse força de vontade, dava pra fazer muita fachina e os homens encontravam muito trabalho braçal, mas agora, com essa crise, não tem emprego nenhum, principalmente os homens”, ressalta.

O marido da cuidadora de idosos, já estava com a passagem comprada e voltaria ao Brasil em janeiro, já ela, ainda demoraria um pouco mais, porém, também desejava retornar, pois disse sentir muita falta da filha, dos netos e da vida que levava.



Por fim ela me abraçou, e disse que esperava o nosso grupo para servir-nos arroz e feijão. Infelizmente, não pudemos visitar a Maria, mas sempe lembramos da alegria de seu jeitinho brasileiro.



A casa da magia



As fotos são de minha autoria







Nárnia, a história fantástica do autor irlandês C.S Lewis, narra a saga de quatro crianças, que em meio à II Guerra Mundial, encontram uma passagem secreta através da porta do guarda-roupa, que os leva a um mundo onde alguns animais podem falar, as criaturas mitológicas abundam, e a magia é comum.

Assim me senti ao passar pela estreita porta porta aberta, quase imperceptível, em meio ao turbilhão de carros e pessoas que transitam pelo centro da cidade. Esse lugar chamado Luminária, livraria e cafeteria é como um portal que dá acesso a outro mundo repleto de histórias e fantasias.

Diferente de uma livraria comum, a Luminária abriga livros e discos de vinil, que já pertenceram a outras pessoas, sendo considerada um sebo. Mas não um sebo comum, existe naquele local, um forte apelo artístico e cultural.

Quem chega à Luminária, pode escolher a trilha sonora a ser ouvida através das mais de 30 mil opções encontradas nos discos de vinil. Quando cheguei o ambiente era invadido por uma ópera italiana a pedido de Joe, um turista do Rio de Janeiro, alguns minutos depois, o clima era contagiado pela rebeldia de Cindy Lauper, atendendo ao desejo da estudante de direito, Valquíria Duarte.

Valquíria tem 19 anos e é freqüentadora da livraria, segundo ela, a paixão por música é herdada da família que sempre prezou pela qualidade cultural. “Aprendi com meus pais a ouvir artistas antigos, sempre digo que a música de hoje não tem letra, só ritmo e sempre gostei de clássicos” e completa, “tenho um carinho especial por essa artista que escolhi ouvir hoje, a Cindy Lauper, na época do lançamento desse disco, nos anos 80, ela era a personificação da rebeldia, só que com a deturpação da música atual ela é considerada um nada”, desabafa.

Embalada pela rebeldia de Cindy, a estudante atualmente lê a obra da romancista policial Agatha Christie e revela que prefere os livros usados, pois estes adquirem a personalidade de seus leitores. “Aqui tem algo especial, que não encontro em uma livraria de livros novos é como se o livro adquirisse uma personalidade, pois quando passa de mão em mão ele começa a fazer parte da vida das pessoas”, acredita.



O Cult cibernético

Há dois anos Carlos Lázaro e seu irmão Manoel Messias, decidiram investir em um negócio cultural. Carlos deixou o Rio de Janeiro, a profissão em uma agência publicitária e junto com a esposa Vânia, migrou para essa nova realidade. “A idéia de criar a Luminária, nasceu no Rio de Janeiro, cidade que vivi por 36 anos; sou leitor assíduo desde a infância e freqüentei os sebos do Rio, unindo este hábito, com a vontade de voltar para Goiás, eu e meu irmão criamos a livraria”, destaca.
Em julho de 2009, a Tipografia Marília, um sebo que funcionou por quase meio século no centro de Anápolis estava à venda e os irmãos adquiriram o acervo para iniciarem o novo negócio.

Dentro da riqueza cultural encontrada no acervo estão discos originais dos Beatles e livros raros como os do imortal da Academia Brasileira de Letras, Benedito Nunes, que fora do mercado foram comprados pela casa Ruy Barbosa para serem reeditados.
Livros como os do imortal e o disco dos Beatles, possuem um canal de divulgação maior que a sede física da livraria. Desde 2005, o site “Estante Virtual” criou a maior rede de sebos do Brasil, com quase três mil cadastrados de todo o país.
O portal reuniu, em uma mesma estante, o acervo de centenas de sebos e leitores, criou um sistema de busca e compra de livros usados inédita na internet brasileira e contribuiu para a informatização e, consequentemente, para uma melhor organização dos sebos.

Para Carlos Lázaro o sucesso da venda na internet está na exclusividade que os consumidores querem ter. “Tem gente que valoriza uma obra em sua linguagem original, como por exemplo, do início do século XX, ligadas ao português arcaico, inclusive, os livros antigos, dependendo do autor são muito mais valorizados que os novos, e se uma primeira edição tiver sido autografada, para muitas pessoas a obra não tem preço”, explica.

O proprietário conta que a Internet auxilia na visibilidade e nas vendas dos produtos. Além da Estante Virtual, a livraria conta com um perfil de vendas no site MercadoLivre e no Facebook, onde são disponibilizados livros, discos e obras de arte como esculturas, pinturas e pirografias.

A internet é uma ferramenta auxiliando no comércio do que é ou não vendável, na tabela de preços e nos dá uma noção do mercado. “Sem a internet estaríamos cegos, boa parte dos meus clientes freqüentam a Luminária virtualmente, somos conhecidos no Brasil inteiro e já enviamos encomendas até para a França”, relata.

Das passeatas à carteirinha: uma mudança ou silenciamento consentido dos movimentos estudantis?


Das passeatas à carteirinha: uma mudança ou silenciamento consentido dos movimentos estudantis?

O movimento estudantil no Brasil nasceu em meados de 1937, sendo responsável por conquistas políticas expressivas, como a defesa do fim da Ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas e a posição contra o Nazifascismo, a luta contra a ditadura que durou de 1964 a 1985, participação ativa nas “Diretas já” e o movimento “caras pintadas”, que promoveu o Impeachment do Presidente Collor.

Os maiores momentos do movimento estudantil, estão ligados diretamente à luta por democracia, porém, atualmente, a maior luta dos movimentos é da implementação da carteirinha de meia entrada, que de acordo com os movimentos, é uma garantia do estudante para possuir formação intelectual e cultural, além de proporcionar atenção voltada excludivamente aos estudos, não precisando trabalhar para sustentar uma vida social de qualidade.

Advindo da nova perspectiva destes movimentos, que atualmente buscam construir junto com a sociedade, está Alzir Aguiar, que é o segundo presidente da União dos Estudantes do Estado de Goiás (UEE), provenientente do curso de Direito, de uma instituição de ensino particular e majoritariamente direitista, a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC).

De sotaque típico do nordeste, uma figura marcante não só pela barba e o cigarro, Alzir fala com propriedade sobre a realidade universitária, o desinteresse dos estudantes por questões inerentes à política, perda de valores e a nova cara da juventude goiana, a quem ele se refere como “politizada”.
Tranquilidade política?

Com a recente redemocratização do Brasil criou-se um clima de tranqulidade política, já que foram conquistadas liberdades outrora cerceadas.

Para o presidente da UEE, o viés do movimento estudantil de apenas debater e levantar bandeiras foi substituído por um movimento de construção de ações, para de fato descobrir o que a juventude quer hoje. “Quando se fala em política, a juventude abomina essa palavra, isso é ruim, mas tem uma nuância de certo modo positiva. Essa abominação vem de toda corrupção e degradação do cenário nacional, com isso o estudante procura engrandecimento pessoal e pessoal para quando sair da faculdade e o movimento estudantil tem preenchido essa lacuna na sociedade, agindo na formação pessoal e profissional deste estudante”, acredita.

Muitos veículos de comunicação sugerem que o principal movimento estudantil, a UNE, de se tornaou um reduto de partidos políticos esquerdistas, como o PcdoB, chapa branca do atual governo, além das inúmeras acusações de corrupção e desvio de verbas públicas, para compra até mesmo de wisky e vodcka importada.
Aguiar admite que acontecimentos como os acima destacados acontecem, porém defende que não pode haver generalização de fatos considerados por ele como isolados. “Às vezes um fato quando ocorre, por menor que seja, sua repercussão negativa é bem maior que a positiva”, defende.

Porém, o presidente ressalta que é muito difícil separar movimentos estudantis do pensamento esquerdista, já que desde os primórdios estes sempre caminharam ao lado de teses socialistas, no entanto, ele enfatiza que não é mais discutida a polarização, já que antes do fim da Guerra Fria, o mundo deixou de ser bipolar, a discussão atual abrange um nível do comportamento social. “Hoje existe uma intervenção negativa de alguns partidos, mas é mínima, e aqui em Goiás, nós temos uma representação muito mais institucional que é a atual perspectiva que o estudante tem aderido; a UNB e a USP têm tomado posições muito interessantes, no sentido de levantar bandeiras independentes”, ressalta.

Embora Alzir ache interessante essas novas práticas independentes, ele diz achar uma “lenda”, a separação de movimentos estudantis do partidarismo.

Um novo conceito

Os filhos das conquistas do movimento estudantil cresceram em meio à recente calmaria política democrática, assistiram no Jornal Nacional os escândalos de corrupção e decidiram que mais importante que militancia era cuidar da própria individualidade.

Essa perspectiva trouxe mudanças significativas, de acordo com Aguiar, os congressos e eventos dos movimentos estudantis antes de apresentar debates políticos precisa adicionar boas doses de atrações culturais, caso contrário, a participação é mínima.
Outra consequência dessa geração são os relevantes índices da educação superior no Brasil, que deram um salto considerável, contando com cerca de 2 mil instituições de ensino. Porém, o curso superior tornou-se em certas situações mera fonte de lucro perdendo sua qualidade.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), 37% das faculdades obtiveram notas abaixo da média e quase 50 mil vagas correm o risco de serem fechadas. De acordo com Alzir Aguiar, essa realiade preocupa a UEE. “No Brasil essa é uma questão muito delicada, que vem desde a base, se o país não tiver essa preocupação de subsidiar e dar boa qualidade de educação, nós nunca vamos sair de um país de primeiro mundo, mas que ao mesmo tempo abriga um país de terceiro mundo”, pondera.

A nova bandeira

A meia-entrada em cinemas, circos, espetáculos teatrais, esportivos, musicais e de lazer é um direito garantido a todo estudante, e está baseado na idéia de que a formação do jovem é mais ampla do que sua simples ida à escola, incluindo também sua participação em atividades que o coloquem em contato com diversos tipos de produções culturais.

Alzir acredita que houve uma banalização do uso dessa carteira estudantil, e o movimento lançou a campanha “Com a UEE posso mais”, que visa criar uma série de parcerias com a iniciativa privada para agregar aos parceiros essa mentalidade.
O presidente critica o atual modelo de utilização das carteiras e diz que houve uma banalização inaceitável e com intuito de moralizar o uso da carteira estudantil, no dia 15 haverá uma audiência com o procurador geral de justiça, Benedito Torres, para discutir a evasão legislativa desta matéria.
Alzir defende que a meia-entrada deve ser restringida unicamente ao estudante e que atualmente o uso desta tem sido “prostituido” por empresas, tirando legitimidade das entidades estudantis e que a medida beneficia uma classe que não se sustenta e precisa de cultura para fazer a diferença na sociedade.

Código Florestal: mais do que um simples amor à natureza


A Lei N.º 4.771 de 15 de setembro de 1965, mais conhecida como Novo Código Florestal, que diz respeito às florestas e demais formas de vegetação pertencentes ao território brasileiro, definindo a Amazônia Legal, os direitos de propriedade e restrições de uso para algumas regiões que compreendem estas formações vegetais e os critérios para supressão e exploração.

Polêmico, o Novo Código divide opiniões e mobilizam setores da sociedade que vêem a necessidade de que seus interesses sejam mantidos ou inseridos.
A votação do código, marcada para a última terça (6), ficou para a semana que vem. O relator prometeu apresentar seu parecer na próxima terça (13). Nessa etapa deputados discutem mudanças que poderão ser feitas no texto que foi aprovado pelo Senado no fim de 2011.

A Câmara já havia votado uma vez o Código Florestal, em maio do ano passado, mas o assunto teve de retornar por causa das alterações. Na possível votação do dia 13, os deputados não poderão mais fazer mudanças de mérito, apenas decidir qual texto vai prevalecer, mas é possível retirar pontos da proposta.

Uma briga ideológica e financeira

De um lado ambientalistas, de outro ruralistas. Os primeiros pedem o veto do novo código, por considerarem que a aprovação cria condições para a ampliação do desmatamento. Já os produtores rurais alegam não depredarem o meio ambiente, e sim fomentarem progresso ao país.

A ex-senadora Marina Silva (sem partido) é uma das líderes de um movimento que formulou uma carta aberta criticando a política ambiental do governo. De acordo com esse movimento, uma tendência de aprimoramento da agenda de desenvolvimento sustentável que vinha sendo implementada ao longo de todos os governos desde 1988 foi invertido.

Em um trecho da manifestação, o movimento ressalta que o Novo Código fomenta a impunidade e a ganância. “Apesar das diversas manifestações de cientistas, juristas, pequenos agricultores, ambientalistas e organizações sociais das mais variadas áreas, denunciando os efeitos perversos que as alterações pretendidas pela bancada ruralista trarão para o presente e futuro do equilíbrio socioambiental no país. Mesmo assim, deputados e senadores aprovaram mudanças que premiam a impunidade e a ganância, afrontando diretamente nós, o povo brasileiro”.

Já, de acordo com presidente da comissão de meio ambiente, do Sindicato Rural de Anápolis, Randerson Aguiar, desde a criação do primeiro código florestal brasileiro, em 1965 existe uma série de emendas portarias e decretos que possuem itens constitucionais e inconstitucionais, e os produtores rurais que vem sendo multados estão enquadrados junto com os desmatadores. “Uma coisa precisa ficar muito clara é que os produtores rurais, do Oiapoc ao Chuí, a maioria não são desmatadores. A produção rural no Brasil é uma das que mais procura preservar o meio-ambiente, estão confundindo os produtores, com madeireiros que derrubam árvores, o agricultor não tem a necessidade de derrubar árvore”, defende.

De acordo com Randerson, as reivindicações feitas por ambientalistas, pessoas e entidades contrárias à aprovação do Código Florestal, advém de uma pressão de organismos internacionais, que teriam interesses econômicos camuflados. “Essa falácia que é pregada, de que nós produtores rurais somos grandes desmatadores é uma mentira plantada por ambientalistas e ONGs internacionais que têm um interesse muito grande, que consiste na redução da produção agrícola no Brasil, essa é a grande verdade, nós somos o único país que tem condições de produzir alimentos com qualidade possuindo um compromisso social e ambiental, colocando o Brasil em uma posição de desenvolvimento. Se tivéssemos uma boa política agrícola e tudo funcionasse muito bem, o Brasil não estaria na quinta posição dos países mais desenvolvidos, estaria bem mais à frente”, garante.

Os quatro temperamentos: O melancólico


“Carolina é uma menina bem difícil de esquecer andar bonito e um brilho no olhar” (Seu Jorge)

Quem conhece Carolina, assim como Seu Jorge, não se esquece. Uma menina mulher traz a marca da delicadeza em tudo que faz. Perfeccionista, ela cuida dos detalhes para que tudo tenha um toque especial: o toque da Carolina.

Introspectiva, Carolina é muito ligada às coisas da fé e do coração, por prezar valores atemporais, já chegou a morar em uma comunidade religiosa. Ela anda de forma discreta, porém sua singeleza é foco das atenções, mesmo que essa seja sua última intenção.

Tais atitudes são comuns às pessoas que possuem o temperamento melancólico, ou seja, elas têm sensibilidade artística, pela lealdade e pelo perfeccionismo, são amigos leais e bastante analíticos.

De acordo com mestre em psicologia clínica, o psicólogo Artur Vandré, o temperamento melancólico, ao contrário do que se espera pelo nome, é ligado aos sentimentos nobres. “O melancólico pode ter um semblante às vezes de triste, mas isso não quer dizer que ele seja, esta é uma característica de calma, tranquilidade e uma pessoa mais voltada a si, apreciadora de detalhes que nem sempre as demais pessoas estão atentas”, explica.

Mesmo com essa característica introspectiva e analítica, Vandré aponta que os melancólicos têm menor propensão a doenças como depressão, já que segundo ele, as pessoas que possuem esse tipo de temperamento trazem em si valores muito arraigados como fé e família, apoiando-se nestes para superar conflitos e dificuldades.

Para o psicólogo, os melancólicos têm a grande capacidade de se apaixonarem pela vida, cultivando o sentimento das outras pessoas, possuindo ainda o dom de transformar tais sentimentos em algo que possa ser expresso em suas habilidades.

Carolina, está dentro desta perspectiva, já que cursa Relações Internacionais atraída pela paixão à vida e pelos sentimentos da humanidade. “Quando decidi cursar Relações Internacionais, ao contrário da maioria dos meus colegas, que almejam a diplomacia, eu sempre sonhei em trabalhar nas missões humanitárias da ONU; me comovo muito com a dor das pessoas que tiveram suas vidas e sonhos destruídos pelas circunstâncias e sei que de alguma forma posso ajudar”, defende.

Artur ressalta que o melancólico tem sensibilidade aflorada para os valores sociais e está muito voltado à prática da ética, sempre buscando um mundo mais correto, porém, nem sempre terá as coisas organizadas da forma que ele imagina ser certo. “Nem sempre o melancólico terá tudo organizado, muitas vezes há a busca de que as pessoas organizem o mundo da mesma forma que ele, mas isso é impossível e não dá pra se frustrar com o fato de que segundo o seu juízo, só ele faz as coisas certas e os outros não”, pondera.

Com Carolina, não poderia ser diferente, ela se lamenta por esperar muito dos outros e sofrer em consequência disso. “Sou muito sensível, sempre me apego muito às pessoas e espero delas uma resposta semelhante às que eu daria perante os fatos da vida, daí quando as coisas não acontecem como previ, me frustro”.

O complexo de inferioridade é outra característica típica do melancólico, já que ele tem a tendência de não se considerar capacitado para as tarefas que lhe são designadas. “É preciso ter a consciência de que por mais talento que se tenha, sempre haverá alguém melhor que você: mais rico, mais bonito, mais inteligente ou habilidoso, porém, a melhor forma de se viver, não é se comparando com os outros, e sim, compara-se consigo mesmo; talvez você não seja o que gostaria, mas, já não é a pessoa que era antes, isso significa crescimento, ou seja, é preciso olhar pra si e ter visão de horizonte e não assumir a posição de coitadinho para chamar atenção”, adverte Artur Vandré.

Pontos positivos:

Capacidade analítica: pode observar um projeto em todos seus aspectos para a melhor tomada de decisão, dentre outros aspectos;

Sensibilidade: percepção artística e estética do ambiente e das situações; pode contribuir para diversos tipos de atividades profissionais;

Detalhismo: capacidade de percepção de informações essenciais e observação de detalhes;

Perfeccionismo: atenção à qualidade e cuidado com a valorização de um bom trabalho.

Pontos a negativos:

Egoísta: voltado para si, pode esquecer o grupo;

Humor: cuidar para que seu humor não seja percebido pelo grupo como negativo, pois, muitas vezes, é apenas mais reservado do que os demais;

Visão Holística: pode ater-se aos detalhes e perder-se da ideia global e visão do todo.

Sociabilidade: voltado para relacionamentos individuais ou para pequenos grupos, necessita ampliar sua rede de relacionamentos.

Criticidade: seu excesso de zelo por um trabalho pode tornar-se algo excessivamente crítico e até mesmo negativo, pois torna a entrega de suas atividades morosa, atrasada ou mesmo não realizada.